No dia 14 de abril de 2004 jornal O Globo publicou a seguinte matéria: Homem ateia fogo ao corpo em frente ao Palácio do Planalto.
O fato aconteceu durante um encontro do Presidente Lula com empresários e representantes das 27 federações de indústrias do país.
A praça dos três poderes em Brasília tem se tornado um palco de tragédias desde o início dos anos 2000, século 21 com ações desesperadas, violentas e porções de desequilíbrio emocional e psíquico.
O desempregado José Antônio Andrade de Souza, de 40 anos, ateou fogo ao corpo para chamar atenção do Presidente , antes de tocar fogo no corpo, ele estava com um cartaz com os dizeres “Senhor presidente, vendi meu barraco por R$ 800 para falar com você , roubaram meus documentos, tiraram meu direito de cidadania e estão armando um monte de problemas para mim. Estou perdendo minha família e perdendo meus direitos de cidadão”.
Quando percebeu que não seria atendido Sousa que estava na posse de recipientes de álcool ateou fogo no próprio corpo.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o desempregado não chegou a pedir uma audiência ao presidente. Souza foi socorrido por policiais militares, que chamaram os bombeiros. Ele foi levado de ambulância para o Hospital Regional da Asa Norte. Souza teve queimaduras de segundo e terceiro graus em85% do corpo.
Detalhe do fato
De acordo com a publicação do Jornal O Globo o ato de Sousa teve dois capítulos, o primeiro ato munido de um cartaz , como não chamou atenção o segundo ato induziu a reação dos policiais militares que faziam o policiamento do perímetro do palácio para prestar socorro a vitima após o seu intento. Manifestações são feitas constantemente na praça, com bandeiras, cartazes e outros objetos, por vezes em grupos ou por um só individuo, a percepção dos policiais militares que fazem a segurança poderia munir o senso de cuidado e averiguação dos atos provocados por esses manifestantes? Como forma de evitar o alto extermínio? Ou evitar o avanço inflamado?
As experiências são forjadas pelos atos provocados, a Inteligência policial é moldada com esses atos. O que percebemos é que esse cuidado tem que ser constante, para evitar novos atos. Tempo depois em frente ao STF – Superior Tribunal Federal- outro individuo provoca seu alto extermínio, agora munido de bombas caseiras. 20 anos depois o fato se repete.

Sofrimento e morte
Após quatro dias internado no hospital regional da asa norte em Brasília, Sousa morreu de acordo com publicação do Jornal Folha de São Paulo na edição do dia 18 de abril de 2004, Souza disse, logo após ser socorrido, que havia tentado se matar por não conseguir ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Usou, segundo seu relato, uma garrafa de álcool líquido para incendiar o corpo. Sofreu queimaduras de até terceiro grau e teve 85% do corpo queimado.
Ainda de acordo com apurações da reportagem do Jornal Folha de São Paulo que ouviu a família, Souza, que votou em Lula nas eleições de 2002, enfrentava problemas psicológicos e já havia tentado se matar enforcando-se em um abacateiro. Sua filha, de 8 A, teria visto a cena e o impedido.
JPD Adolffo Moura
Com informações publicadas nos jornais O globo e Folha de São Paulo