Policiais do Senado se destacam em cursos de negociação em situações de crise

As policiais do Senado Isabela Lisboa e Mayra Kussakawa ficaram entre as primeiras colocadas da turma do Curso de Negociação Policial I/21, oferecido de 8 a 26 de novembro pelo Grupo de Ações Táticas Especiais, da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Outro policial do Senado que também subiu em primeiro lugar no pódio foi Renato Benevides, na turma do VI Curso de Negociador Policial da Polícia Militar do Distrito Federal, oferecido de 7 de outubro a 19 de novembro pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os cursos abordaram conceitos e técnicas policiais aprofundadas de negociação voltadas à atuação em crises envolvendo reféns e pessoas com propósito suicida de posse de arma de fogo ou branca.

Aplicação no Senado

Isabela Lisboa, do Serviço Central de Apoio Administrativo (SeCeAA), vinculado à Secretaria de Polícia do Senado Federal (SPol), tem predileção pela área de negociação e toda a complexidade envolvida. Ela trabalha atualmente fornecendo apoio técnico ao Gabinete da SPol e ressalta que na secretaria existe o chamado ciclo completo de polícia: cada policial atua nas atividades de todas as áreas.

Um exemplo é o policiamento realizado em manifestações e outros eventos de caráter extraordinário no Senado Federal. O objetivo de Isabela agora é multiplicar o conhecimento adquirido.

Atuante no Serviço de Treinamento e Projetos (Setre), também vinculado à SPol, Mayra Kussakawa conta que a negociação é uma ferramenta pacífica para a resolução de conflitos e segue a lógica de atuação de polícias ao redor do mundo.

— Quando se fala de crise policial, estamos diante de situações graves, de risco direto à vida, com tomada de reféns ou pessoas com propósitos suicidas que possam vir a eleger o Senado como palco. Subestimar que tais eventos possam ocorrer aqui nos coloca sempre em posição de desvantagem, o que deve ser mudado — esclarece.

Renato Benevides, do Serviço de Policiamento (Sepoli), relata que foi justamente por atuar em um caso de intenção suicida no Senado que decidiu especializar-se nessa área. Ele conta que, em um dia comum, uma pessoa entrou no espelho-d’água em frente ao Congresso Nacional portando uma arma que parecia verdadeira. Naquele momento, ele ainda não havia feito o curso e agiu de forma Acervo pessoal ! 0 ” 25 03/12/2021 20:29 Página 1 de 2 intuitiva. Ainda assim, acalmou a pessoa, que depois assumiu a intenção de ser morta pelos policiais.

— O curso é para a vida. Além de técnicas de negociação, temos técnica de entrevista, detecção de mentira, programação neurolinguística, aulas de teatro, controle de fobias, entre outras. O Senado é um centro político que atrai muita atenção das pessoas, por isso, é bom que estejamos preparados — enfatiza.

Publicado em: 10/01/22

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